As cores fortes e os monstros na capa já anunciam; “Toca de Bicho” está cheio de boas
surpresas. Caíque Guimarães agora assina Caíque, o Jorg e traz novidades sonoras na parceria
com o DJ e produtor Carlos Peixoto. São três faixas inéditas compostas e produzidas de forma
remota, seguindo o novo estilo imposto pelos tempos de pandemia.
“O formato se encaixa com a empreitada que eu e Carlos resolvemos fazer nesse período, onde
os encontros e ensaios praticamente não existem e tudo tem de ser feito virtualmente. Acredito
que para o modo que as pessoas estão consumindo música esse registro curto e dinâmico
funciona melhor do que um disco inteiro, veio a calhar”, diz Caíque.
A atmosfera sonora remete aos anos 1990. Baixo, bateria e sintetizadores se unem a elementos
da música Jamaicana, um traço constante no trabalho de Carlos, e ganham um toque mais punk
clássico nas mãos de Caíque. Essa alquimia caminha para novas descobertas. “Fomos criando
até sair algo que precisávamos experimentar juntos, pois gostamos muito, que é a música
industrial”, conta Caíque.
Engana-se quem pensa em encontrar um EP eletrônico. Os beats aparecem bem embasados por
elementos orgânicos, dando a personalidade diversa do trabalho dentro do rock alternativo
mais dark. Caíque, o Jorg traz o toque de ineditismo nas letras, todas em português, algo ainda
raro nessa vertente musical. “Tudo é mais cru e pesado com uma pitada de humor que deixa o
trampo mais irreverente e de fácil digestão.”, resume.
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