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Cresce procura por cursos de pós-graduação voltados para música durante a pandemia


A pandemia da Covid-19 provocou a paralisação de diversas atividades. Entre os mais afetados estão os profissionais ligados aos eventos culturais como shows, teatro, cinema e educação. Porém muitos artistas e professores de música viram nesse período uma grande oportunidade de crescimento pessoal e profissional: investiram no fortalecimento de suas formações, aprofundando seus conhecimentos em áreas específicas e na titulação.


A busca por cursos de pós-graduação disparou, como mostra levantamento da Faculdade Santa Marcelina, que oferece oito cursos de pós-graduação, atualmente com 225 alunos matriculados nas modalidades presencial e semi-presencial.


A Faculdade tem como diferenciais coordenadores dos principais expoentes de cada vertente em São Paulo, tanto no que concerne à atividade acadêmica quanto à artística, resultando em corpos-docentes muito especiais como destaca Sergio Molina, compositor, doutor em música e coordenador da graduação musical da instituição: “O músico do século XXI precisa ter antes de tudo uma formação de base ampla, como é o caso, por exemplo, da nossa grade - única em graduações. Uma vez tendo uma formação que permite ao músico atuar em diferentes áreas, seja na performance, criação de trilhas, uso de tecnologia etc., o passo seguinte é justamente a especialização, com cursos de pós-graduação”.


Mercado de trabalho


Pesquisas recentes mostram um aumento no consumo de música nas redes sociais e plataformas de streaming durante a pandemia. “Provavelmente, houve uma procura por uma maior introspecção, diversão e diferentes experiências estéticas que só a arte pode oferecer. E, certamente, com o declínio da pandemia, essas atividades voltarão com força nos próximos anos”, explica o acadêmico.


Com mais de 30 anos de experiência como artista, docente e gestor educacional, Molina ressalta o papel da tecnologia na aprendizagem: “Na área da música, a maioria dos cursos da Santa Marcelina utilizam o formato de "Presencial Online", ou seja, professor e alunos estão sempre presentes simultaneamente, simulando a situação de classe, com debates, entre outras atividades. Nesse modelo, por exemplo, um aluno aprende com a dúvida do colega e tem uma maior interação com o professor”.


Arte e tecnologia


Com práticas inovadoras, docentes da Faculdade Santa Marcelina venceram obstáculos impostos pela pandemia resultando no aprimoramento das aulas teóricas e práticas: “O principal foi uma maior incorporação de recursos de tecnologia como artificio didático. Muitos professores passaram a dominar e desenvolver estratégias pedagógicas criativas nessa área. E o resultado é a apresentação de trabalhos de alunos, com um acabamento mais apurado e atualizado para as situações de trabalho na vida profissional”, pontua o coordenador.


“De início, o desafio maior é com relação à prática musical ao vivo, que não há como ser feita online por questões de sincronia e atraso de sinal. Para esses casos, disponibilizamos aulas presenciais no campus de Perdizes, que são transmitidas online para os alunos que eventualmente são de fora de São Paulo. O presencial e o online oferecem situações diferentes que podem ser complementares. O principal é sempre a questão do conteúdo, a experiência e a vivência dos professores, que, no caso da Santa Marcelina, são os maiores diferenciais”, finaliza o compositor.

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