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Foto do escritoronradioup

Vitor Pirralho lança EP com crítica social e ideias inspiradas pela série Dark



O rapper, professor e poeta alagoano Vitor Pirralho traz o EP Algo Ritmo Loga Ritmo. São cinco

músicas inéditas, composições motivadas pelos acontecimentos que marcaram o ano de 2020.

Os casos de intolerância religiosa, racismo, o mau uso das redes sociais, seus efeitos, os

questionamentos científicos e o realismo fantástico trazido à tona pela série alemã Dark. Tudo

serviu de inspiração para as rimas afiadas de Vitor Pirralho, que não abre mão da lírica cuidadosa

sempre embasada na literatura.


Já no título, Vitor Pirralho dá boas pistas do teor do novo trabalho. “Algo é um anagrama de

Loga, que, além de trazer o contexto do EP entre o tradicional e a tecnologia, brincando com o

algoritmo e o logaritmo, quer dizer diretamente que alguma coisa que tem ritmo vai se conectar,

logar, com ritmo.”, explica.


Realizado de forma remota e colaborativa, a produção uniu quatro profissionais em dois estados

diferentes. Em Alagoas, Vitor Pirralho e Carlos PXT, DJ e beatmaker responsável pelas bases, no

Rio de Janeiro, Maurício Negão, guitarrista que cedeu os riffs que enriquecem os beats, e

Cristhian Almeida, engenheiro de som e produtor musical que assina a mixagem final.


“É uma ressignificação dos meios de produção. As tecnologias são mais avançadas e mais

acessíveis hoje em dia, estou aproveitando isso. Meu parceiro, Carlos PXT, sempre me apresenta

as bases que produz, eu apresento ideias que tenho sobre letras e melodias e assim um vai

instigando o outro e as canções vão surgindo. Para este trabalho, conectamos mais dois

parceiros, Mauricio Negão, o mago das guitarras, e Cristhian Almeida, um cientista da

engenharia musical. Assim surgiu o EP e, a quatro mãos, remotamente foi produzido”, conta

Vitor.


Álbum visual chega em abril


O passeio musical proposto por Vitor Pirralho em Algo Ritmo Loga Ritmo vai ganhar outro

formato. Chega no final de abril o álbum visual com as cinco canções do EP. Produzido em

parceria com a produtora Panan Filmes e viabilizado pela Lei Aldir Blanc, a versão

cinematográfica dará vida aos temas propostos por Pirralho utilizando surpreendentes

paisagens alagoanas. Os cinco clipes foram gravados em sequência, tendo como fio condutor as

desventuras de um personagem já conhecido de outra obra do artista, Rumos e Rumores,

lançada em 2019.


As imagens foram gravadas no final de fevereiro nos arredores de Maceió, Alagoas. Os bairros

de Benedito Bentes, Clima Bom, Pinheiro e o povoado de Saúde, mais a cidade de Piaçabuçu,

serviram de cenário, mesclando poesia, protesto e alerta, temas que baseiam as produções de

Vitor Pirralho.



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