Fortalecendo a ligação latino-americano entre Brasil e Argentina, a Francisco, El Hombre - banda formada por Mateo Piracés-Ugarte, Sebastianismos, LAZÚLI, Helena Papini e Andrei Kozyreff - lança uma regravação de Natiruts em parceria com a cooperativa de músicos La Delio Valdez . O clássico “Andei Só” ganha novos arranjos e as vozes dos artistas brasileiros e argentinos, e será lançado no dia 11 de janeiro.
A escolha da canção deu-se pelo sucesso da faixa em outros países latino-americanos e pelo histórico de Natiruts em relação à união de tais locais. “Sempre tivemos uma ligação com as músicas de Natiruts, é uma banda histórica no Brasil, que todo mundo conhece. Eles criaram muitas pontes entre esse cone sul do continente e a gente se identifica muito com isso”, afirma Mateo Piracés-Ugarte, vocalista da banda nacional. Reconhecida por todo o Brasil, a faixa agora é fortalecida por novos acordes, unindo a tropicalidade de Francisco, el Hombre com a cumbia de La Delio Valdez.
Nos palcos, em ambos os grupos musicais, a teatralidade se une à música. Mateo explica como surgiu a ideia de fazer uma parceria musical com os hermanos: “Faz alguns anos que estamos estudando a cumbia argentina e de olho nesta orquestra maravilhosa. Quando pensamos em chamar alguém para reposicionar essa música, La Delio Valdez veio rapidamente à nossa mente. São músicos incríveis que estão voando pelo mundo”.
Fundada em 2009, na cidade de Buenos Aires, a cooperativa tem foco musical na cumbia, gênero presente em diversos territórios da América Latina. O repertório do grupo é composto por influências argentinas, a retomada da tradição orquestral em uma roupagem moderna e a mistura de diferentes ritmos, como jazz, salsa, rock e reggae.
Ao longo de 2023, a Francisco, el Hombre realizou uma série de participações com artistas internacionais, como no single “Bailando em Sampa”, junto do grupo argentino Calequi y las Panteras; e em “Cuando Ya No Quede Nada”, em parceria com o grupo Eskorzo, naturais de Granada, na Espanha. Mateo explicita a importância desses laços: “São 3 pilares que fundam a Francisco, el Hombre: a música como instrumento de mensagem, o amor pela música e valorizar as latino-americaneidades. Sempre buscamos essas participações porque mostra ao nosso público a força que nosso continente tem por si só, culturalmente, e como é muito fácil dialogar com os países vizinhos. Temos muito a colaborar, muito a trocar e uma história com várias narrativas análogas a se fortalecerem”.
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